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Dicas
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Dica da Sarah...Quarto de Despejo
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"Escrevo a miséria e a vida infausta dos favelados. Eu era revoltada, não acreditava em ninguém. Odiava os políticos e os patrões, porque o meu sonho era escrever e o pobre não pode ter ideal nobre. Eu sabia que ia angariar inimigos, porque ninguém está habituado a esse tipo de literatura. Seja o que Deus quiser. Eu escrevi a realidade."
Carolina Maria de Jesus
No diário de Carolina Maria de Jesus surgiu este autêntico exemplo de literatura-verdade, que relata o cotidiano triste e cruel de uma mulher que sobrevive como catadora de papel e faz de tudo para espantar a fome e criar seus filhos na favela do Canindé, em São Paulo. Em meio a um ambiente de extrema pobreza e desigualdade de classe, de gênero e de raça, nos deparamos com o duro dia a dia de quem não tem amanhã, mas que ainda sim resiste diante da miséria, da violência e da fome. E percebemos com tristeza que, mesmo tendo sido escrito na década de 1950, este livro jamais perdeu sua atualidade.
Livro de uma leitura simples e muito profunda. Como um diário, Carolina descrevia seus dias e vivências na favela. O livro não apenas conta sua rotina, mas comunica sobre diversos assuntos, como: miséria, racismo, política, religião, violência contra à mulher, crueldade e outras coisas.
Apesar de estar no meio de tanta desigualdade e ter que escolher entre dar o que comer á calçar os filhos ou se cuidava dos filhos que era espancados pelas vizinhas quando não estava presente, ou se catava papel para o dinheiro do pão do dia seguinte, Carolina tinha uma criticidade e um impulso á vida sem igual.
Ainda não finalizei a leitura, pois, aborda sobre diversos assuntos que me pede calma para digerir. Verdades presentes e recentes. Mas já indico e coloco como leitura obrigatória e necessária para entendermos o Brasil do passado que também é presente.
Autora:
Sarah K S Souza