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Segundo a Organização Mundial de Saúde, a esquizofrenia é um transtorno mental grave que atinge cerca de 21 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se dois milhões de pessoas.
A esquizofrenia é um transtorno mental, com causas biológicas ou ambientais, caracterizado pela perda de contato com a realidade, alucinações, falsas convicções, pensamento e comportamento fora das normas sociais, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma piora da função cognitiva e problemas no desempenho diário. Envolve o âmbito profissional, social, relacionamentos e autocuidado da pessoa. É um transtorno psiquiátrico que atrapalha o paciente na percepção da realidade a seu redor. Consegue afetar a capacidade de trabalhar, de interagir com outros e de cuidar de si mesmo.
O diagnóstico médico é feito tomando por base os sintomas e exames que descartem outras possíveis causas de psicose como uso de entorpecentes, distúrbios da tireoide ou convulsivos, tumores cerebrais, e outros.
É importante ressaltar que o suicídio é uma causa prematura de pessoas jovens com esquizofrenia, bem como, naqueles com sintomas depressivos e desesperança, que estejam desempregados e que desenvolveram a doença em idade mais avançada pois conseguem comparar o bom desempenho que vinham tendo antes e por esta razão tem maior probabilidade de agirem motivadas pelo desespero em reconhecer os efeitos do transtorno.
O tratamento envolve psicoterapia e apoio familiar, medicamentos antipsicóticos, programas de formação e atividades de apoio comunitário.
Uma das principais evidências do prognóstico da esquizofrenia é o prejuízo no ajustamento social, o que pode ser evidenciado pela presença de diversos pacientes que atualmente residem na comunidade, os quais apresentam graves incapacidades e sinais de baixos níveis de funcionamento social.
Para que as pessoas com transtornos mentais tenham melhor qualidade de vida é essencial que tenham participação social pois, o transtorno psicótico pode ocasionar dificuldades inerentes a ir à escola, ao cinema, namorar, praticar esportes. Imaginemos nossas vidas sem essas condições...
No contexto brasileiro na década de 70 aceleram-se discussões acerca da reforma psiquiátrica que sinalizavam a necessidade de resgate dos direitos de cidadania para os portadores de transtornos mentais por meio da reabilitação psicossocial. Desde então, ainda que lento, houve substituição do modelo centrado no hospital pelos de base comunitária. Entendendo por reabilitação o aumento das habilidades e diminuição da dependência, colocando a pessoa em condições de exercer com autonomia possível responsabilidades sobre suas vidas e viverem de forma ativa e independente.
Neste sentido os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS oferecem processos terapêuticos os quais espera-se que devam servir de construção de vida, de iniciação criativa, de inserção de novos conhecimentos e novas práticas como recreação e auxílio vocacional.
Infelizmente a deterioração do funcionamento social pode dar origem ao transtorno por uso de substâncias, à pobreza e a ficar sem teto. Depois disto a pessoa com esquizofrenia não tratada pode perder o contato com os parentes e amigos e passar a viver nas ruas.
No sentido mais profundo a família e os amigos são sua principal unidade básica de apoio. O acolhimento pode estabelecer vínculos de modo que esta relação auxilie a incluir o paciente como principal responsável pela sua saúde e proporcionar sua reabilitação de autonomia como cidadão.
Podemos começar a ajudar essa parcela, e tantas outras, de nossa sociedade a começar por um simples ACOLHIMENTO...
Fontes:
https://www.msdmanuals.com › distúrbios-de-saúde-mental
ESQUIZOFRENIA: Impacto na qualidade de vida de pacientes esquizofrênicos atendidos no CAPS e a percepção de seus familiares (https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/194592)
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Artigo: Marilía Pinheiro da Costa
Publicação: Murilo C. R. da Silva
Revisão: Daniela Gama @danirgama
Supervisor: Gabriel de Souza Silva (@gabrielssilva_psi)
Imagem: internet (Cena do Filme Cisne Negro)
Maravilhosa <3
Belo texto e excelente explicação, sou filha de uma esquizofrênica e a luta é diária.
Mas, o mais importante é a informação, assim podemos entender melhor o assunto, barrar preconceito conta essas pessoas que vivem na rua, que muitos chamam de vagabundos, que tem família mas gosta de viver na rua, e principalmente do uso indiscriminado da palavra " esquizofrenia", pois as pessoas vem alguém diferente, com traços e personalidades diferente e logo já diz, usando como termo pejorativo, e aí seu "esquizofrênico"... Isso é muito sério e a população precisa entender um mínimo da doença, doença não é apelido, não é chacota e nem é brincadeira.
Só podemos ajudar uns aos outros, estudando, lendo e se informando...melhor arma é…