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De repente parece simplesmente uma brincadeira entre adolescentes, aquela turma que desafia um amigo a experimentar a bebida diferente, o adolescente que procura aceitar a bebida para pertencer ao grupo e não estou falando somente de festas de aniversário e baladas, me refiro ao ambiente escolar e ao grupo de amigos conversando na entrada do condomínio. Esses são alguns exemplos de situações que eu ouvi na clínica ao atender pacientes adolescentes. Sim, está muito comum o costume de “envolver” no encontro de adolescentes a partir de 12 anos o consumo de álcool.
A bebida alcoólica é um depressor do sistema nervoso central,mas pode causar euforia (quando ingerida em maior quantidade) e também uma sedação que acontece lentamente, o consumo pode causar dependência. Por muitas vezes é considerada afrodisíaca.
Os drinks à base de álcool e a cerveja fazem parte da preferência dos adolescentes.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE 2012), os adolescentes têm acesso precoce ao álcool em festas, bares, lojas e na própria casa. E neste mesmo estudo evidencia-se que no Brasil a iniciação ao consumo de álcool ocorre aproximadamente entre 12 e 13 anos de idade.
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é proibida a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, mesmo assim é muito comum que menores já tenham experimentado algum tipo de bebida.
Além da curiosidade e do pertencimento ao grupo, alguns fatores ambientais podem levar um adolescente ao consumo de álcool, como por exemplo: questões socioculturais, questões psicológicas e familiares. Portanto é urgente e necessária a criação de políticas públicas de conscientização sobre os efeitos do álcool no organismo dos jovens, principalmente sobre o consumo esporádico e excessivo e as consequências que podem afetar sua vida adulta e seu desenvolvimento cerebral.
A informação se faz necessária, não somente aos adolescentes, mas aos pais, professores e familiares. Vamos conversar sobre o uso de bebidas alcoólicas e todos os seus efeitos de uma maneira simples usando a psicoeducação como meio de comunicação entre as partes. Segundo Benjamin Rush 1791 ( apud Diel, Alesandra et.al 2020): “beber começa com um ato de vontade, caminha para um hábito e finalmente afunda na necessidade.”
Referências:
Diehl, Alessandra , Cordeiro, D C e Laranjeiras,R. Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas 2 ed. Porto Alegre: artmed 2019 ( reimpressão 2020) pag 92-108
Malta, D.C et al. Consumo de álcool entre adolescentes brasileiros segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE 2012). Revista Brasileira de Epidemiologia.Spl. PENSE 2014;203-214. Disponível em:
Coutinho ESF, França -Santos D, Magliano ES, Bloch KV, Barufaldi LA, Cunha CF et al. ERICA: padrões de consumo de bebidas alcoólicas em adolescentes brasileiros. REv. Saúde Pública.2016 6;50 (supl.1):8s. disponível em:
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Artigo: Ana Paula da Silva Nunes Gomes
Publicado: Andréa Crispim Francisqueti
Revisão: Daniela Ramela Gama
Imagem: internet
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