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Síndrome de Burnout

Foto do escritor: ligapsisocial9ligapsisocial9




O trabalho está presente em grande parte da nossa vida, seja desde a infância com brincadeiras relacionadas a profissões, a nossa curiosidade pelo trabalho de nossos responsáveis ou já na fase adulta, pela nossa própria experiência com o trabalho. Ao adentrar o mercado de trabalho, nos deparamos com uma realidade totalmente diferente do imaginário, da qual por vezes pode ser extremamente negativa e por consequência nos propiciar a desenvolver transtornos mentais, como a síndrome de burnout.


Afinal, quando descobriram a síndrome de burnout e o que ela é? A priori, o conceito de burnout surgiu por volta dos anos 1970 nos Estados Unidos, como forma de explicar a falta de qualidade de vida no trabalho e atenção recebida pelos trabalhadores de organizações. E no Brasil, em 1999 a síndrome de burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional foi reconhecida como uma doença ocupacional pela previdência social de Decreto 3.048/. A síndrome pode ser considerada como uma resposta ao estresse laboral crônico, visto que o ambiente organizacional e de trabalho podem ser os responsáveis pelo desgaste e sofrimento dos trabalhadores.


O ambiente social é essencial para nós como seres naturalmente sociais e pensando que a realidade da grande maioria das pessoas é passar mais tempo no ambiente de trabalho do que com suas famílias, é fato que para uma boa qualidade de vida o ambiente de trabalho necessita ser o mais agradável possível e quando isso não acontece, começamos a enfrentar alguns fatores. Falando sobre a síndrome, há três fatores que podem aparecer relacionados, porém são independentes, que são: Despersonalização, exaustão emocional e baixa realização profissional.


A despersonalização, ocorre quando há o distanciamento afetivo e pessoal, dessa forma a despersonalização é a falta de um tato afetivo e a prevalência do racional. Esse estado psíquico pode ser identificado por comportamentos negativos, cinismo e frieza com os clientes e o ambiente laboral.


A exaustão emocional, acontece entre a medida de ter a necessidade de criar um vínculo afetivo e se deparar com a impossibilidade dessa ligação, levando a exaustão emocional que é caracterizada pela falta de energia, entusiasmo e o sentimento de não ser capaz de lidar de outras formas com os estressores ao quais é exposto no trabalho.


E a baixa realização profissional, pode ser influenciada pela despersonalização e a exaustão emocional, que já estão afetando diretamente a motivação e relacionamentos dentro do ambiente de trabalho, dessa forma tem a tendência de ser feita uma autoavaliação negativa em relação a sua perspectiva de trabalho, vale ressaltar que a baixa realização profissional também está ligada diretamente a frustração de não conseguir atingir objetivos concretos idealizados, como um cargo novo.


A Síndrome de burnout pode afetar profissionais de diferentes áreas e faixa etárias, há alguns estudos que mostram que profissionais das áreas da saúde, da educação e do assistencialismo estão mais propensos a desenvolver a Síndrome diante do seu contexto de trabalho, mas qualquer profissional pode acabar desenvolvendo.


Pensando na atualidade, a Geração Z, os nascidos a partir de 1993, sendo uma geração artística e adaptativa, com grandes habilidades tecnológicas e fácil a acesso a informação, acabam por enfrentar alguns conflitos intergeracionais ligados diretamente ao modelo de trabalho e ao clima organizacional, além dos conflitos relacionados a recessão global no mercado de trabalho. A Geração Z, mostra valorizar mais qualidade de vida no trabalho, imediatismo e desconstrução de hierarquias organizacionais rígidas, as organizações irão precisar se adaptar a forma de trabalho dessa nova geração para conseguir atrair, manter e desenvolver esses funcionários. Porém essa adaptação por parte das organizações necessita também de uma maior flexibilidade da Geração Z, dessa forma, os ambientes de trabalho se tornariam mais agradáveis .


Em suma, é necessário que haja cada vez mais a conscientização para os trabalhadores sobre como lidar com o trabalho de uma forma mais saudável, e uma mudança por parte das organizações, em propor um ambiente acolhedor, promover de uma forma mais assertiva a prevenção para o desenvolvimento de qualquer tipo de sofrimento e de suporte para cuidados de empregados que se encontram em sofrimento.


REFERÊNCIAS


PÊGO, Francinara Pereira Lopes; PÊGO, Delcir Rodrigues. Síndrome de burnout. Rev. bras. med. trab, p. 171-176, 2016. Disponível em: Acesso em 21 set. 2023


CARDOSO, Hugo Ferrari et al . Síndrome de burnout: análise da literatura nacional entre 2006 e 2015. Rev. Psicol., Organ. Trab., Brasília , v. 17, n. 2, p. 121-128, jun. 2017 . Disponível em . acesso em 21 set. 2023.


CODO, Wanderley; VASQUES-MENEZES, Iône. O que é burnout. Educação: carinho e trabalho, v. 2, n. 1, p. 237-254, 1999. Disponível em: Acesso em 21 set. 2023


NOVAES, Tiago et al. Geração Z: Uma Análise sobre o Relacionamento com o Trabalho. XVI Mostra de iniciação científica, 2016. DIsponível em: Acesso em 21 set. 2023.



Artigo: Henrique Monteiro

Publicado: Fanie Amaral

Revisão: Daniela Ramela Gama

Imagem: Internet


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