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Você sabe o que são as obsessões e compulsões?

Foto do escritor: ligapsisocial9ligapsisocial9

Definição: Obsessão vs. Compulsão


São consideradas compulsões quadros em que o indivíduo é acometido por pensamentos, ideias, fantasias ou imagens que surgem a mente de forma intrusiva, recorrente e consistente, são vivenciados com angústia.


Quanto as compulsões são considerados os comportamentos e atos que buscam “cumprir” com uma tarefa ou regra “mágica” que, supostamente, seria o caminho para evitar que algo ruim aconteça. Muitas vezes, relaciona-se com uma obsessão já existente, que acaba desencadeando o comportamento compulsivo. Por exemplo, alguém que acredita que os objetos carregam germes que irão infectá-lo e levá-lo a morte, de forma exagerada e absurda, podem passar a executar o comportamento obsessivo de lavar as mãos repetidas vezes. O comportamento compulsivo também pode se apresentar por meio de atos mentais, como realizar uma contagem ou listar de itens mentalmente. No

Transtorno obsessivo-compulsivo


São temas comuns entre as pessoas com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) simetria, violência, limpeza e outros tabus sociais. A maioria das pessoas que possuem TOC tem consciência que o pensamento intrusivo não se determina um fato que acontecerá na vida real em caso de não cumprimento da regra mágica, entretanto, é motivo de extrema angústia e sofrimento a não realização dos comportamentos. Pelo DSM - 5 chamamos isso de grau de insight que pode variar desde “ insight bom” quando o indivíduo sabe que não acontecerá um grande mal pela não realização do comportamento, ou “insight ausente” quando o indivíduo tem certeza de que se não seguir as regras mágicas, algo terrível acontecerá.

É importante salientar que as pessoas com TOC não sentem prazer em realizar os comportamentos obsessivos-compulsivos, na verdade, realizá-los é motivo de grande sofrimento, é comum que tentem ignorá-los ou busquem neutralizá-los com os comportamentos compulsivos. Sentimentos como nojo, ansiedade acentuada, angústia, incompletude e inquietação são frequentemente associados pelas pessoas com TOC as sensações provocadas pelo transtorno.


Recorrência e comorbidades


Dados do DSM-5 indicam que uma parcela em torno de 1,1 a 1,8% da população mundial seja acometida com o transtorno, sendo que a parcela feminina é levemente superior à masculina. Com frequência, em pessoas que tenham recebido o diagnóstico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo são também diagnosticados com Transtorno de Ansiedade ao longo da vida, seguido também de grande frequência no diagnóstico do Transtorno Depressivo ou Bipolar.


Como afeta a vida e as relações


Pessoas diagnosticadas com TOC encontram muitas vezes dificuldade em manter uma rotina saudável no dia a dia, seja pelo longo período que dedica em realizar os comportamentos repetitivos ou pelo fato de buscarem evitar entrar em contato com situações que irão possivelmente evocar os comportamentos compulsivos, como, por exemplo, evitar ir a restaurantes com medo da contaminação. Desse modo, é comum que pessoas que possuem o transtorno também relatem dificuldades sociais, disfunção familiar, fracasso escolar e no trabalho.


Diagnóstico e tratamento


Quando o diagnóstico e tratamento é realizado ainda na infância, são maiores as chances de que haja uma remissão. Frequentemente as crianças apresentam comportamentos compulsivos associados as obsessões, da mesma forma que a apresentação clínica observada nos adultos, contudo, como as compulsões são geralmente observáveis, são elas que levam a identificação do transtorno. Sem tratamento, o transtorno pode tornar-se crônico. Algumas pessoas podem ter uma apresentação episódica, com alternância de períodos em que as compulsões e obsessões aparecem com maior intensidade.



Referências


Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 219.


Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 / [American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2014.


Artigo: Eduarda Correia

Publicado: Marcel Martins Mucciolo

Revisão: Daniela Ramela Gama

Imagem: internet


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