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A adicção é uma doença crônica e psicológica que afeta as emoções, causando desequilíbrios cerebrais e dependência relacionada a algum objeto. Quando falamos em vício pensamos logo no uso de substâncias químicas como tabaco e álcool. No entanto, podemos incluir nessa lista quaisquer compulsões como por medicamentos, jogos de azar, alimentos, jogos de computador e videogame, compras e até o sexo.
Falar sobre a adicção AINDA é um tabu em nossa sociedade, mesmo que seja uma questão tão latente e de saúde pública. Neste sentido, é preciso maiores discussões sobre o assunto para a criação de políticas públicas conscientes e adequadas. Vale ressaltar que a dependência química está incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), e está presente na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde: CID10 (19.x – Transtorno mental causado pelo uso de “algo”).
Sinais de Alerta
A palavra adicto significa “escravo de”, por isso é designada à pessoa cuja vida parece depender de algo, mesmo que o uso seja nocivo à sua saúde. Hoje vou focar no uso de substâncias (álcool e outras drogas).
Ao chegar nesse ponto de dependência, o sujeito sente que usa para viver, mas também vive para usar. E para auxiliar na identificação alguns sinais podem ser percebidos pela família e/ou pessoas próximas, como:
· Isolamento;
· Alteração de humor constante;
· Perda de interesse;
· Paranoia;
· Mudanças na alimentação e sono;
· Solidão;
· Crises depressivas.
Desenvolvimento da Doença
Existem fatores para que a doença seja desenvolvida, o primeiro deles é o genético, em seguida a quantidade e frequência do uso, condição de saúde, solidão, sentimento de frustração, perda de controle emocional, conflitos familiares constantes, fatores biopsicossociais e busca de prazer momentâneo na tentativa de acabar com a dor.
Fases
As fases da adição incluem compulsão, abstinência, preocupação, negação e aceitação.
A compulsão é o desejo esmagador de usar determinada substância, e para isso o usuário pode fazer qualquer coisa. Esta etapa antecede a obsessão, que é o uso repetido da droga. Nesta fase não há prazer no consumo.
Já a abstinência surge quando acaba a substância, neste instante o adicto percebe que talvez seja dependente daquela droga e há sintomas físicos e mentais. Aqui é o momento de procurar ajuda profissional, seja qual for o tratamento escolhido.
Na fase da preocupação começam a aparecer as dificuldades financeiras, problemas familiares e interpessoais, dificuldade de manter compromissos e a falta de interesse pela própria saúde.
Quando o adicto está em negação, as frases mais comuns de se ouvir são: “eu não tenho problema com isso”, “quando eu quiser, eu paro”. Demonstrando assim que a dificuldade de aceitar qualquer tipo de tratamento; nesta fase normalmente é a rede de apoio que procura ajuda para o adicto.
A aceitação pode demorar um pouco a chegar, mas é a fase mais esperada pela rede de apoio. Aqui é onde o adicto reconhece a sua doença e necessidade. No entanto, toda a rede e, principalmente, o adicto precisarão de muita resiliência, força de vontade e disciplina para o tratamento.
Tratamentos
No tratamento serão trabalhados os sintomas, causas psicológicas e emocionais que levaram à adicção. No começo, é necessário a conscientização de que o abuso nocivo prejudica a sua saúde física e psicológica, e que a adicção é progressiva, incurável e fatal.
Hoje há mais de uma forma de tratamento para a adicção, diferente de métodos estigmatizados – apenas internação – pode-se buscar outras formas de apoio, como CAPS AD, Narcóticos Anônimos (ou Alcóolicos Anônimos).
Mas e a internação, quando é necessária?
Alguns dos sinais são:
· Agressividade;
· Dificuldade de se manter abstinente;
· Pequenos furtos dentro de casa, ou venda de seus itens;
· Falta de responsabilidade com compromissos;
· Negação ou dificuldade de falar sobre o problema.
Desintoxicação
O período de desintoxicação dura geralmente 45 a 60 dias, antes disso, a droga ainda circula em seu corpo e se manifesta em situações quase que imperceptíveis. Se manter abstinente sem ajuda nessa fase é quase impossível.
Buscar ajuda profissional ou de grupos de apoio é importante, buscando entender o que o levou ao uso, e o que fez o uso progredir de tal forma.
Como já dito, a adicção não tem cura, logo, faz-se necessária uma constante manutenção do tratamento para prevenir recaídas (isso não impede que ela ocorra). Uma das coisas indicadas é sobre os três evite’s: hábitos, pessoas e lugares.
Busque novos hábitos, mais saudáveis e constantes. Atividades de lazer, novas amizades (é importante manter distância das pessoas com quem se fazia uso).
E ai, curtiu?
Fontes:
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Iris Torres Andrade, Vice Presidente LAPSo
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